sexta-feira, 6 de abril de 2012

Tempo de Partilhar


Este espaço começou com um momento novo da minha vida, e partilhar tem sido, mais que qualquer outra coisa, tornar real o que muitas vezes parece apenas um sonho. 

Escrevo para os que amo pois eles são tudo em minha vida, para os amigos e assim deixo um pouquinho mais de mim com eles, para conhecidos que queiram me conhecer um pouco mais e também para os que ainda não conheço, assim abro esta porta para este mundo gigante, no qual aprendo e reaprendo que viver é doar.

Deixei de entrar nesta minha janelinha durante um tempão, mas aqui estou, para tornar pensamento em escrita, sonhos em realidade. Para isso prepare sua xícara para tomar um chá, um capuchino ou um café comigo.

Caso você também tenha uma história para partilhar, um conto para sonhar ou uma receita que possa ser servida numa xícara, então, enquanto toma seu café, fotografe, escreva e mande para mim...vamos partilhar.

Um Abraço!

Danitza

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

TEMPO... O que fazemos com ele?


Costumamos ouvir e dizer ‘não tive tempo para cumprir a tarefa’, ou ‘não tive tempo para te ligar’, ‘não tenho tempo para’... enfim, o fato que não tive tempo é uma frase comum no vocabulário da maioria das pessoas.

Um dia destes li um pensamento de Baltazar Gracián que diz: “Não temos nada nosso, exceto o tempo, de que usufruem até mesmo os que não tem casa.”

Ora, a sociedade em que vivemos nos ensina desde pequenos que na vida devemos sempre estar adquirindo, conquistando, construindo alguma coisa e, fruto desta forma de ser, aprendermos a viver, nos dedicamos a esta tarefa de forma contínua e adquirimos conhecimento que nos diz quem somos, adquirimos bens que mostram como vivemos, conquistamos amigos, construímos relacionamentos diversos, e assim transitamos neste conceito que nos impõe um estilo de vida no qual aquilo que adquirimos, conquistamos e construímos, se torna o verdadeiro motivo das nossas vidas.

Isso tudo é fantástico, é maravilho, dependendo das escolhas que fazemos. Porém, quando falamos do bem comum a todos, ficamos incomodados, quase sem saber o que dizer diante do único bem que não precisamos adquirir, não precisamos conquistar, não precisamos dar manutenção, não precisamos sequer solicitar... o TEMPO. Gosto de pensar que Baltazar Gracián pensava nisto quando escreveu a frase que inspirou esta reflexão.

Tenho pensado neste bem que a todos pertence e que não importa o que façamos com ele, amanhã teremos novamente a mesma medida. Será que, por ser gratuito, tendo a certeza que amanhã teremos mais, temos um real poder de decisão reflexiva sobre como usaremos o dia de amanhã?

Talvez então eu possa mudar a minha frase e, ao invés de dizer ‘não tive tempo’, dizer ‘escolhi te ligar hoje’, ou ‘isto não estava entre as minhas escolhas do dia de hoje’...

Tem um ditado popular que diz que ‘quando a oportunidade para algo grande ocorre, a pessoa certa está no lugar certo, na hora certa’.

Hoje quero modificar este ditado, pois...

A pessoa certa...sou EU, fruto daquilo que adquiri, conquistei e construí ao longo da vida.

O lugar certo... é o lugar onde estou.

A hora certa, o Tempo certo, é agora; tempo de sentir e compartilhar todos as coisas belas do TEMPO do ano que mais gosto, O NATAL.



quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Prato - para aperitivos

Pinte com técnica de tinta a óleo...com detalhes em dourado.

Alegoria de Cleimar

Somos muito do que os outros querem que sejamos... e completaria pouco do que realmente queremos ser, propositalmente, intencionalmente, utilizando pouco ou quase nada da nossa liberdade de pensar, escolher, decidir.
Muitos diriam: isso não é comigo, eu decido tudo na minha vida.
Pois é, Cleimar  também pensava assim. Era uma moça, que dedicava tempo aos desejos de tudo de todos, menos aos seus.
Não sabia dizer não às pessoas que solicitavam sua ajuda, não sabia dizer não ao trabalho, não sabia dizer não aos caprichos que a “vida lhe impunha”, na verdade que ela mesma se impunha, sempre em benefício de alguém ou algo que temia magoar e rejeitar.
Passava o tempo e a sensação de frustração crescia a cada dia, parecia que ter tempo para si era luxo, que a tendência para o mal a fazia desejar. Até nos Domingos e feriados, nos passeios e nos pequenos momentos de lazer, continuava a sensação de falta de produtividade, advinda do pensamento constante e torturante: Há algo ainda por ser feito, ou... O que se espera que eu faça neste momento? Qual é a coisa certa, para melhorar o momento que por si só já é quase perfeito, ou totalmente imperfeito?
Quase suplicava por uma fada, daquelas dos contos, que, com uma varinha transformaria tudo em momentos de fazer o desejado por ela próprio, talvez faria tudo novamente, talvez tudo igual, mas por vontade própria, por desejo de querer fazê-lo, pela possibilidade de ser por opção própria.
Passara muito, muito tempo mesmo, tempo suficiente para enfraquecer seus músculos e registrar algumas marcas no seu rosto, tempo suficiente para perceber que tudo mudaria quando acordasse a fada que morava na sua alma.
Sim. A fada que mora na alma. A fada do querer fazer e ser diferente. A fada que mostra as marcas de não ter dito não, ou não ter escolhido.
Nunca é tarde, para recomeçar, nunca é tarde para zerar o cronômetro.
Voltando a Cleimar... numa manhã de inverno, acordara decidida a despertar a pequena fada que na sua alma morava. Deixou o que fazia durante anos, para realizar sonhos adormecidos. Deixou de permitir que os outros dissessem o que deveria fazer ou deixar de fazer. Decidiu que muita coisa faria diferente, em outras, alteraria a ordem das prioridades, e em outras, faria simplesmente igual, não porque outro assim desejasse, mas porque ela assim decidira. O melhor de tudo: usaria pra valer a sua LIBERDADE de decidir, correndo o risco de errar e tendo a certeza de não ferir a si própria, e não anular o dom Divino de Liberdade de pensar e decidir, nunca mais.
Esta alegoria me fez refletir, me lembra que nosso Deus nos deu isto de presente e ninguém pode tirar isso de nós.


Esta xícara, que ganhei na França serve como um lembrete, pois lembra o conto da Cinderela, que mesmo sendo dona do castelo (pois era filha do dono), era dominada pela vontade de outros, da madrastra, das irmãs... etc,