sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

TEMPO... O que fazemos com ele?


Costumamos ouvir e dizer ‘não tive tempo para cumprir a tarefa’, ou ‘não tive tempo para te ligar’, ‘não tenho tempo para’... enfim, o fato que não tive tempo é uma frase comum no vocabulário da maioria das pessoas.

Um dia destes li um pensamento de Baltazar Gracián que diz: “Não temos nada nosso, exceto o tempo, de que usufruem até mesmo os que não tem casa.”

Ora, a sociedade em que vivemos nos ensina desde pequenos que na vida devemos sempre estar adquirindo, conquistando, construindo alguma coisa e, fruto desta forma de ser, aprendermos a viver, nos dedicamos a esta tarefa de forma contínua e adquirimos conhecimento que nos diz quem somos, adquirimos bens que mostram como vivemos, conquistamos amigos, construímos relacionamentos diversos, e assim transitamos neste conceito que nos impõe um estilo de vida no qual aquilo que adquirimos, conquistamos e construímos, se torna o verdadeiro motivo das nossas vidas.

Isso tudo é fantástico, é maravilho, dependendo das escolhas que fazemos. Porém, quando falamos do bem comum a todos, ficamos incomodados, quase sem saber o que dizer diante do único bem que não precisamos adquirir, não precisamos conquistar, não precisamos dar manutenção, não precisamos sequer solicitar... o TEMPO. Gosto de pensar que Baltazar Gracián pensava nisto quando escreveu a frase que inspirou esta reflexão.

Tenho pensado neste bem que a todos pertence e que não importa o que façamos com ele, amanhã teremos novamente a mesma medida. Será que, por ser gratuito, tendo a certeza que amanhã teremos mais, temos um real poder de decisão reflexiva sobre como usaremos o dia de amanhã?

Talvez então eu possa mudar a minha frase e, ao invés de dizer ‘não tive tempo’, dizer ‘escolhi te ligar hoje’, ou ‘isto não estava entre as minhas escolhas do dia de hoje’...

Tem um ditado popular que diz que ‘quando a oportunidade para algo grande ocorre, a pessoa certa está no lugar certo, na hora certa’.

Hoje quero modificar este ditado, pois...

A pessoa certa...sou EU, fruto daquilo que adquiri, conquistei e construí ao longo da vida.

O lugar certo... é o lugar onde estou.

A hora certa, o Tempo certo, é agora; tempo de sentir e compartilhar todos as coisas belas do TEMPO do ano que mais gosto, O NATAL.



quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Prato - para aperitivos

Pinte com técnica de tinta a óleo...com detalhes em dourado.

Alegoria de Cleimar

Somos muito do que os outros querem que sejamos... e completaria pouco do que realmente queremos ser, propositalmente, intencionalmente, utilizando pouco ou quase nada da nossa liberdade de pensar, escolher, decidir.
Muitos diriam: isso não é comigo, eu decido tudo na minha vida.
Pois é, Cleimar  também pensava assim. Era uma moça, que dedicava tempo aos desejos de tudo de todos, menos aos seus.
Não sabia dizer não às pessoas que solicitavam sua ajuda, não sabia dizer não ao trabalho, não sabia dizer não aos caprichos que a “vida lhe impunha”, na verdade que ela mesma se impunha, sempre em benefício de alguém ou algo que temia magoar e rejeitar.
Passava o tempo e a sensação de frustração crescia a cada dia, parecia que ter tempo para si era luxo, que a tendência para o mal a fazia desejar. Até nos Domingos e feriados, nos passeios e nos pequenos momentos de lazer, continuava a sensação de falta de produtividade, advinda do pensamento constante e torturante: Há algo ainda por ser feito, ou... O que se espera que eu faça neste momento? Qual é a coisa certa, para melhorar o momento que por si só já é quase perfeito, ou totalmente imperfeito?
Quase suplicava por uma fada, daquelas dos contos, que, com uma varinha transformaria tudo em momentos de fazer o desejado por ela próprio, talvez faria tudo novamente, talvez tudo igual, mas por vontade própria, por desejo de querer fazê-lo, pela possibilidade de ser por opção própria.
Passara muito, muito tempo mesmo, tempo suficiente para enfraquecer seus músculos e registrar algumas marcas no seu rosto, tempo suficiente para perceber que tudo mudaria quando acordasse a fada que morava na sua alma.
Sim. A fada que mora na alma. A fada do querer fazer e ser diferente. A fada que mostra as marcas de não ter dito não, ou não ter escolhido.
Nunca é tarde, para recomeçar, nunca é tarde para zerar o cronômetro.
Voltando a Cleimar... numa manhã de inverno, acordara decidida a despertar a pequena fada que na sua alma morava. Deixou o que fazia durante anos, para realizar sonhos adormecidos. Deixou de permitir que os outros dissessem o que deveria fazer ou deixar de fazer. Decidiu que muita coisa faria diferente, em outras, alteraria a ordem das prioridades, e em outras, faria simplesmente igual, não porque outro assim desejasse, mas porque ela assim decidira. O melhor de tudo: usaria pra valer a sua LIBERDADE de decidir, correndo o risco de errar e tendo a certeza de não ferir a si própria, e não anular o dom Divino de Liberdade de pensar e decidir, nunca mais.
Esta alegoria me fez refletir, me lembra que nosso Deus nos deu isto de presente e ninguém pode tirar isso de nós.


Esta xícara, que ganhei na França serve como um lembrete, pois lembra o conto da Cinderela, que mesmo sendo dona do castelo (pois era filha do dono), era dominada pela vontade de outros, da madrastra, das irmãs... etc,


Pintando uma Caneca...

Pintura em Caneca com figuras fechadas e em forno convencional.
Simples e fácil de fazer.

domingo, 16 de outubro de 2011

Presente no Dia do Professor

 Na sexta feira, fim da semana, estava cansada e pensando que ainda havia coisas que não tivera concluído na semana. Aquele sentimento que muitas vezes toma conta quando queremos esticar o tempo para fazer mais... e, ao mesmo tempo queremos que passe logo para entrar num novo momento, numa nova atividade ou apenas num momento de diversão.
Então, chegou meu amor, e trouxe flores e um presente, isto me emocionou tanto que lágrimas correram pelo meu rosto, talvez por sentir o alívio do cansaço no calor de um abraço, ou pela beleza da orquídea que ganhara, ou ainda por marcar tão nitidamente o início de uma pequena pausa, com minha família, com meu Deus.
Opa, lá no cantinho tinha um presente, esperei um pouco para abrir, o suspense fazia parte do momento. Uma caneca, uma caneca linda com uma pequena coruja dentro, nela está escrito com letras pequenas:
AMOR  
I Just Miss You Sometimes, but where are you?

Amor, Às vezes sinto sua falta, mas onde está você?

Aqui, aprendendo com você, a ser professora, pois você é um mestre que inspira e me ensina a aprender a aprender.
É pelo dia do professor, é por nós dois sermos professores, e acredito que realmente amamos o que fazemos. Ensinar é sentimento pra nós, é parte da forma como vivemos, parte do que somos, parte do nosso amor.

Nietzsche já dissera:
 "Quanto mais abstrata for a verdade que queres ensinar, mais tens que seduzir os sentimentos a seu favor."

Nietzsche não poderia ser mais preciso, nossa verdade é esta: ENSINAR POR AMOR, APRENDER POR AMOR.


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Tours

Um sonho
Um romance
Uma vida

Um sonho que vira romance,
Um romance que dá vida,
Uma vida que cria sonhos.

Sem sonho, sem romance,
Sem romance, sem vida,
Sem vida, sem sonhos...

Era um sonho, um namoro de alguém que amo...
Sonhava visitar a França, num romance que tornara sua vida um sonho.

Vivemos em Tours,
Um sonho de cidade, pequenina, charmosa, querida;
Vivemos o lado romântico da vida, com charme, com amor, com união.
Vida, que tinha enterrado meus sonhos, foi como cutucar, mexer e tentar obter novamente o direito de sonhar, de criar, de viver, de pincelar cores novas neste quadro, que ganhava novas formas e o direito de aprender a sonhar, de aprender a viver.

Meu esposo e meus filhos, ao ver que minha paixão por pintar crescia,
decidiram participar e juntos registraram os lugares que na França nos marcaram, que deram vida ao sonho que vivemos juntos.
Eles pintaram esta.

domingo, 9 de outubro de 2011

Saudades de Pintar




Pintar é um dos meus hobbies preferidos, faz parecer que o tempo para, começei pintando para amigos. Aquí as minhas primeiras produções em porcelana.

sábado, 8 de outubro de 2011

Doce como Mel

Doce como Mel, é este o significado do seu nome.
Uma menina linda que com seu jeitinho inquieto e vivo foi passar uma temporada de férias em Bostom com os avós, a minha menininha. As Férias no meio do ano me pareciam longas, a saudade parecia esticar os dias e prolongar as semanas. Muitas novidades a cada ligação, a cada e-mail, passeios com os tios, casamento da tia, mergulhos na banheira da vó... e a cada contato,mesmo sem saber, me mostrava como é Bom Viver.
Tenho lutado contra isso, sempre muitas coisas para fazer, compromissos e mais compromissos, e a vida continua com seus passos acelerados que arrebatam a alegria de viver.
Ela não, diferentemente de quase todas as pessoas que conheço, quer tudo aproveitar, tudo ver, tudo conhecer, tudo partilhar. Ela não sabe, mas me ensina com seu jetinho de viver, que a vida é curta para perder tempo com dissabores que tiram o encanto  de ser feliz aquí e agora.
Ela não sabe a falta que faz, escutar as suas histórias, ouvir das suas convicções, sentir no seu ritmo de viver, que há uma Vida para se Vivida, uma Vida a ser Compartilhada.
Ela lembrou dos meus gostos e trouxe esta linda peça para minha coleção...
Te amo meu Docinho de Mel.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Amor...

Aprender a reconhecer a cada dia os que amamos tem sido um dos meus alvos e reaprendizado nas últimas semanas. Digo “reconhecer”, pois todos conhecemos bem os que amamos e estão ao nosso redor, porém muitas vezes  perdemos os pequenos momentos, os pequenos detalhes que fazem de fato a vida valer a pena.
Tenho experiência nisso, me envolvi com facilidade em projetos que provocavam desafios profissionais, deixando passar pequenos momentos pessoais, detalhes importantes que tornam as relações profundas e duradouras. Reconhecer, reaprender os gostos, as preferências, as pequenas coisas que deixam quem amo feliz é importante pra mim. Afinal, quem permanece o mesmo ao passar do tempo? Nem EU sou a mesma pessoa de um ano atrás.
Gosto muito desta xícara, pois na sua simplicidade e elegância que mostra apenas uma palavra, por fora e por dentro, em duas línguas diferentes... AMOR. Ganhei do meu marido faz alguns anos... numa data especial. Acho que ela traduz esse RECONHECER a cada dia os que amamos, pois para este exercício, só com um AMOR SIMPLES, por dentro e por fora podemos tornar as relações verdadeiras.
Agora, vou servir um pouco de vinho, para juntos (eu e meu amor) partilharmos um pouco mais deste novo propósito, RECONHECER O AMOR.


domingo, 2 de outubro de 2011

Conhece Caldas Novas?

   Os raios de sol começavam a entrar e aquecer o ambiente, parecia que o dia seria realmente envolvido pelo calor dos seus raios. Eu estava num encontro de professores, num hotel lindo. Da janela do quarto dava para ver as águas da piscina, que  prometiam bons momentos de lazer. Repentinamente voltei, a hora, estava quase no momento do início de uma nova palestra, interessante, porém o calor parecia convidar para outras atividades.
Tomamos um café reforçado e nos dirigimos para o salão. Após algumas considerações, uma noticia empolgante, fora nos oferecido um passeio para o centro da cidade. Estavamos em Caldas Novas, e ainda não tinhamos tido a oportunidade de conhecer os seus cartões postais, a não ser o paradisíaco hotel.
Foi neste passeio, tão esperado, que encontrei, num cantinho de lembranças para turistas, esta delicada peça, que parecia fazer um convite para um chá quase renancentista... não resisti, comprei.
Infelizmente, com o passar do tempo muita coisa que foi dita nesses dias caíu no esquecimento, porém a peça única, tirada ocacionalmente da cristaleira me lembra Caldas Novas. Não posso dizer que conheço Caldas Novas, mas posso dizer que o carinho e dedicação de um artesão me fez ver beleza em momentos que, se não fosse esta xícara, estariam nas páginas do esquecimento.
Hoje, entre outras atividades, trabalho com capacitação de vários grupos, e por esta história, entre outras, tenho como objetivo, dar um sentido real aos novos aprendizados, quero ver beleza e alegria, nos diversos momentos da vida e compartilhar esta beleza e vida com TODOS os que passarem pela minha vida.

Xícara da minha coleção.
Comprada em Caldas Novas, GO, Brasil;
no Encontro de Professores - ano 2000